Casas modernas e minimalistas no centro do país (Leiria)

Sílvia Cardoso – homify Sílvia Cardoso – homify
Projecto Xieira I, A2+ ARQUITECTOS A2+ ARQUITECTOS リゾートハウス
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O livro de ideias de hoje é para todos os nossos leitores que apreciam os estilos moderno e minimalista. Trazemos-lhe cinco moradias unifamiliares que se evidenciam pela geometria das formas, pelo predomínio de linhas recta, em volumes simples – mas não simplistas, pela ausência de adornos intrincados e desnecessários e, como não podia deixar de ser, pelos panos de vidro a rasgar as fachadas. No que toca às cores, preponderam os tons neutros, designadamente o branco.

Os cinco projectos que se seguem são da autoria da A2+ Arquitectos com gabinete na Caranguejeira, uma freguesia portuguesa no concelho de Leiria.

Venha vê-los. Quem sabe não encontra aqui uma ideia para a sua futura casa ou, mais do que isso, o atelier de arquitectura a quem vai confiar o projecto!

1. Vale da Catarina

Iniciamos o nosso artigo por uma moradia que tem, inegavelmente, o factor uau! Desenganem-se, assim, todos os que pensam que as casas de estilo arquitectónico moderno não têm qualquer apelo estético por serem todas iguais, em termos de abordagem estilística. Sendo certo que há características que lhes são transversais, também não é menos verdade que há detalhes que as distinguem.

Neste caso, por exemplo, estamos perante uma habitação cujo exterior assume formas limpas e rígidas. Porém, a composição é quebrada por malhas orgânicas que vão beber inspiração à vegetação circundante, numa sinergia perfeita entre o construído e a natureza envolvente.

A moradia é composta por três corpos intervalados para que a luz natural penetre a casa, sobretudo na zona de circulação.

A fachada exibe formas simples e materiais puros, destacando-se no pano de fundo rural, caracterizado pelas cores expressivas da natureza.

Não podíamos deixar de partilhar consigo um rápido vislumbre do interior da casa (pode ver mais, carregando sobre as imagens para aceder ao álbum do projecto).

No interior, a entrada demarca-se com a existência das escadas de acesso ao piso 1 e ao piso -1. A zona é iluminada naturalmente devido à abertura zenital, com dois rasgos verticais presentes no nível 0.

Favoreceu-se o uso de materiais de tons neutros, com vista a acentuar o contraste vívido na envolvente.

2. Projecto Xieira I

Assente sobre um embasamento, a moradia tira partido de toda a vista sobre o vale e a encosta existentes no local. A casa desenvolve-se com a forma de um L que se abre para receber quem a habita e direcciona todo o programa habitacional para a encosta, tirando o máximo de partido da exposição solar.

Trata-se de uma moradia baixa e esguia, que respeita o local que a recebe, nele se inserindo com discrição.

O interior, com uma decoração minimalista em tons de cinza, recebe generosos fluxos de luz natural devido aos grandes vãos que emolduram a paisagem, como se de quadros se tratasse.

A decoração deliberadamente simples terá sido assim pensada para que a paisagem não fique, de forma alguma, delegada para segundo plano. Pelo contrário, o cenário de cortar a respiração faz parte do interior da casa que não precisa de mais para ser muito especial.

Todavia, não falta conforto ao ambiente que é perfeito para reunir a família e receber amigos.

3. Casa Coimbra

A terceira moradia é contemporânea e faz-nos sorrir pelas formas enviesadas e improváveis e as linhas robustas que contrastam com a linguagem rural do bairro que integra.

A massa que define o volume inicial foi lapidada, originando recuos, que emprestam ao volume, leveza e movimento. Os recuos assinalam a zona de entrada e geram pátios, no piso superior.

As fachadas não são todas iguais: distinguem-se pelos materiais usados e harmonizam-se com as edificações contíguas. A madeira e o branco contrastam com materiais de natureza mais industrial, como o metal e o acrílico.

A estrutura obliquada está patente nas escadas de acesso ao primeiro piso sobre onde, à semelhança do que acontece na primeira casa que lhe mostrámos, há uma entrada de luz zenital que proporciona ao espaço simplicidade e clareza.

4. Casa Vale da Catarina 2

Os arquitectos descrevem a Casa Vale Catarina 2 como tendo uma forte presença. Assim é. Erguendo-se em altura, a casa adapta-se ao terreno estreito, de formas enviesadas. As linhas simples conciliam-se com os planos e as formas inclinadas que propiciam à moradia uma melhor exposição solar, para além da optimização da vista para a área rural da aldeia.

No entorno bucólico, impõem-se os alçados complexos e de formas ricas que ganham forma com materiais puros e simples. O branco, a madeira e a ardósia adequam-se às características do local.

Que não falte muita luz natural nas casas modernas! De forma astuta, os arquitectos transportaram a calmaria da envolvente para o interior através do pátio/jardim (do lado esquerdo). Este pátio/jardim é um veículo de luz e de serenidade e serve enquanto elemento separador entre a área privada e a área social.

5. Casa Xieira II

Terminamos com uma verdadeira obra de arte: a Casa Xieira II.

A moradia tem apenas um piso e foi implantada num lote esguio no sentido Norte – Sul. A tipologia da casa foi determinada em função da exposição solar. Os quartos são, como tal, orientados para nascente, a sala para sul (sendo a sala o local onde os moradores passam mais tempo), a cozinha para poente e a garagem para norte.

O proprietário da casa tem uma ligação profissional ao sector florestal, o que levou os arquitectos a procurar fontes de inspiração na região. Leiria é terra de madeireiros e de conhecidas florestas criadas pelo rei D. Dinis, com o propósito de proteger a cidade em relação às tempestades de areia provenientes dos ventos da costa atlântica. Este foi, segundo os arquitectos, o ponto de viragem do projecto. Tirou-se partido da cofragem tradicional, em tábuas de pinho e utilizou-se betão descofrado à vista – uma tendência actual forte – nas paredes principais da habitação.

As cores escuras e a frieza do betão, que encontramos no interior, contrastam com a luminosidade que impera dentro de portas.

A sala de jantar e a sala de estar partilham o mesmo espaço, tendo sido decoradas com móveis de linhas simples. Com excepção para os três candeeiros de tecto que desembocam sobre a mesa, o ambiente é despojado de elementos de decoração, sendo visualmente limpo e repousante.

As cortinas semi-transparentes mitigam a luz natural, que entra no espaço e trazem-lhe conforto e resguardo.

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